sexta-feira, 18 de junho de 2010

O restante

A cada dia que passa
mais em você eu me vejo.
Os dias estão ociosos
e o corpo descansado
mas há o desejo reprimido
no fundo do peito guardado.
Você está aqui, eu talvez esteja lá
e as nossas rotinas convergem
para um mesmo ponto.
O corpo está perto
mas a voz está calada
Só restando o sentimento de que
no fundo do peito estamos juntos.
O seu rosto junto das rosas
é um bonito quadro que me faz sorrir
e querer mais.
Talvez nem chão mais exista
quem dirá o ar
da minha vida vazia
nas tuas mãos aquecidas
com beijos e abraços a me torturar.
Vendo este dia cinzento
só resto o sentimento de que
no fundo do peito estamos juntos!

sábado, 12 de junho de 2010

Das necessidades

Nos traços e encalços
Dos seus braços
Me perco:
Corpo imprevisível
Dos desejos vulgares.
Enfim, volúpia.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Palavras ociosas

O que me traz até aqui
é a vontade de falar em versos
na forma de inutensilio necessário
que tanto alucina os meus sentidos
e distrai a minha alma de jovem sonhador
nesses dias estranhos que demoram pra passar.
O corpo está sedento e a alma descansada
mas há o desejo de não me entregar
à inutilidade que tantos fomentam por aí.
Quero sentir o pulsar,
o sangue que corre pelas minhas veias,
a vida imprevisível que aí está para quem quiser ver.
Não deixar em branco os rascunhos
que me deram para rabiscar.
Pois então, palavras ociosas vou escrever
e ao desvairismo me entregar.