quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Boa noite, querida

Ainda estamos sob o olhar da primavera.
O novembro está passando e tornando evidente nosso cansaço.
Ah se não se fosse o humor!
Desses dias que transamos qualquer coisa
E topamos qualquer movimento
Para afugentar o que atormenta e celebrar o que faz sorrir.

Ás vezes somos palhaços em meio ao temporal
Brincando com sonhos,
Vestindo fantasias pra maquiar a dor.
Talvez festins solitários!
Pois afinal, quem há de pensar nas tristezas dela?

Querida, escuta o vento!
Eles começam a soprar a ansiedade por uma outra estação
Tão colorida e vívida quanto a que vivemos agora,
Pois apesar dos apesares
Brotam flores jovens no meu jardim.

Em fim,
Outro ano que fica pra trás
Assim como alguns sonhos e outras alegrias
Dispersas pela casa como velhas poesias.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sp

São Paulo:

A cidade que não dorme
Não acaba
Não se esquece.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Embriaguez

Quanto mais extenso o dia mais apocalíptica a noite.


Hoje não cantarei minhas alegrias, nem as emoções que não tive ou as medalhas que não ganhei...


O futuro é um fantasma a torturar memórias de um passado mal-guardado.


Quem me dera poder derramar minhas tristezas em lágrimas

E então tomá-las de uma única só vez

Como se fossem partes de uma droga

Que momentaneamente me privasse da dor

Até me embriagar com o gosto amargo das minhas próprias fraquezas.


Quem me dera adormecer e acordar em outro lugar

Onde os sonhos não caiam como folhas no inverno

Nem as esperanças se dissipem como fumaça sob o céu azul.