Gostaria de te ouvir falando sobre coisas boas
Novamente sentir a palma da sua mão me tocando
Em afagos sutis a arrepiar a alma e os pelos
Deitados sobre a calmaria de dias claros
Livres de crimes e homicídios sem serem os nossos
Pecados necessários para continuarmos vivos
Tão freqüentes como boêmios pelas madrugadas
Rabiscando guardanapos cheios de desamor
Em uma contínua ciranda de meninos.
Gostaria de escutar o silêncio ser quebrado pelo ruído da sua voz
Soando como uma melodia nostálgica como um sonho de criança
Eu então sentiria que mais uma vez estaria a salvo
Do passado amarrado em mim
As minhas tardes continuam inertes como um velho pássaro que cansou de voar
Em meio a fevereiros e agostos de um número impar
Continuo provando o gosto de não ser o seu par
Deitado sobre confetes do último carnaval
Permaneço disperso em mim
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Canção de despedida
Poetas suicidas e prostitutas drogadas jogados sobre suas falências patológicas
Diante de um copo de bebida a lhe salvar o dia pois não aprenderam a amar
Durante a noite mais fria viemos doentes colher algumas rosas no limiar das últimas horas
Eu lhe dei o ultimo abraço enquanto a noite adentrava sobre nossos corações vagabundos Diante de um céu sem luar
Talvez solitário por séculos
Tocarei blues sem me redimir dos pecados
Nem assumir o castigo pelos crimes que cometi
Mesmo sem querer matar o que se estava vivo
Ou crucificar a carne em algum monte qualquer
Em um gesto de devoção à eternidade
Sobre meu barco a velas darei velas à imaginação
Por essas marés revoltosas de ressaca sem serem etílicas
Hipocondríacos apenas os sonhos
Pois lembrar é mais fácil que esquecer
Daqueles dias que pareciam não terem fim
Não cantarei as suas tristezas pois quem há de lembrá-las?
Por mais que as tardes foram vazias e os beijos todos crus
A convivência é uma doença contagiosa
Que se aloja sobre o corpo e faz do passado uma vertigem do presente
Feito miragem em deserto
Acenderei uma vela em adoração à sua imagem
Através de portas retratos espalhados pela casa
Em fotografias que outrora tiveram vida
E que agora são resquícios de tempo e saudade
Apesar de tudo, eu quis te trazer na bagagem
Como uma fórmula química ou um analgésico
Que se toma parte para aliviar o peso sobre os ombros
E turva-se diante à satisfação
Não usarei o seu batom
Nem tomarei novamente o seu perfume
Usarei apenas as suas maquiagens pra disfarçar as marcas do dia-a-dia
Como se isso adiantasse alguma coisa ou fizesse de mim alguém melhor
Mas não me preocupo embora pareça
Pois ainda há tempo para sermos eternos
Diante de um copo de bebida a lhe salvar o dia pois não aprenderam a amar
Durante a noite mais fria viemos doentes colher algumas rosas no limiar das últimas horas
Eu lhe dei o ultimo abraço enquanto a noite adentrava sobre nossos corações vagabundos Diante de um céu sem luar
Talvez solitário por séculos
Tocarei blues sem me redimir dos pecados
Nem assumir o castigo pelos crimes que cometi
Mesmo sem querer matar o que se estava vivo
Ou crucificar a carne em algum monte qualquer
Em um gesto de devoção à eternidade
Sobre meu barco a velas darei velas à imaginação
Por essas marés revoltosas de ressaca sem serem etílicas
Hipocondríacos apenas os sonhos
Pois lembrar é mais fácil que esquecer
Daqueles dias que pareciam não terem fim
Não cantarei as suas tristezas pois quem há de lembrá-las?
Por mais que as tardes foram vazias e os beijos todos crus
A convivência é uma doença contagiosa
Que se aloja sobre o corpo e faz do passado uma vertigem do presente
Feito miragem em deserto
Acenderei uma vela em adoração à sua imagem
Através de portas retratos espalhados pela casa
Em fotografias que outrora tiveram vida
E que agora são resquícios de tempo e saudade
Apesar de tudo, eu quis te trazer na bagagem
Como uma fórmula química ou um analgésico
Que se toma parte para aliviar o peso sobre os ombros
E turva-se diante à satisfação
Não usarei o seu batom
Nem tomarei novamente o seu perfume
Usarei apenas as suas maquiagens pra disfarçar as marcas do dia-a-dia
Como se isso adiantasse alguma coisa ou fizesse de mim alguém melhor
Mas não me preocupo embora pareça
Pois ainda há tempo para sermos eternos
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