terça-feira, 21 de setembro de 2010

Da cidade

O homem urbano em meio a cidade acesa por todos os lados,
luzes, faróis e barulho;
a cidade no escuro quase nunca está.
Pessoas, passos, rostos, restos e lixo;
Mendigo dormindo na calçada vestindo um trapo achado na rua.
Colchão de pedras, travesseiro de sacolas.
Enquanto um rico passa e esnoba.
A cidade e as suas desavenças,
tantas crenças entre tantas desigualdades.
A cidade das horas perdidas no trânsito caótico.
Humanos que se apossaram da natureza
e lhe deram nova forma a sua paisagem,
entre prédios suspensos pelo céu arranhado
grandes caralhos se elevando para o alto do cenário urbano.
Skyline recortado por luzes que acenam à distância.
Sinais de vida em cada esquina
sangue, suor e sujeira;
pessoas que passam e carregam um pouco da cidade,
entre suas ruélas e praças, bancos e bordéis.
A cidade como um céu refletindo a sua grandiosidade estrutural.
Ousadia concretizada em paredes,
idéias, planos e projetos;
embaixo do seu této somos todos animais buscando alimento
para a carne, para a alma.
A cidade e os vícios vulgares.
A cidade como campo de lutas e cenário da vida corriqueira;
entre suas construções e apartamentos,
sorrisos e tristezas em um mesmo rosto.
Somos animais urbanos perdidos em sonhos da cidade.

Um comentário:

  1. e se não houvessem sonhos não haveria realidade, grandes sejam os sonhos que nos tiram do peso da vida....

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