Gostaria de te ouvir falando sobre coisas boas
Novamente sentir a palma da sua mão me tocando
Em afagos sutis a arrepiar a alma e os pelos
Deitados sobre a calmaria de dias claros
Livres de crimes e homicídios sem serem os nossos
Pecados necessários para continuarmos vivos
Tão freqüentes como boêmios pelas madrugadas
Rabiscando guardanapos cheios de desamor
Em uma contínua ciranda de meninos.
Gostaria de escutar o silêncio ser quebrado pelo ruído da sua voz
Soando como uma melodia nostálgica como um sonho de criança
Eu então sentiria que mais uma vez estaria a salvo
Do passado amarrado em mim
As minhas tardes continuam inertes como um velho pássaro que cansou de voar
Em meio a fevereiros e agostos de um número impar
Continuo provando o gosto de não ser o seu par
Deitado sobre confetes do último carnaval
Permaneço disperso em mim
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