quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Baladas de inverno

Eu hoje nem dormi
e enquanto a madrugada ventava escurecida
alguns amigos apareceram
feito luzes que se acendem ao anoitecer
trazendo brilhos nos olhos e gritos na garganta
com copos cheios de alegrias instantâneas
que transbordavam na sala de estar.

Sentados no sofá estávamos
e o que não queríamos
era deixar a noite passar
em branco.

Em contraponto ao escuro do céu
as nossas alegrias dançantes
ao som de acordes que tamborilavam
nos ouvidos as vozes cantantes
que não queriam dormir.

E mesmo assim,
sua mão estava ali, inchada de tanta bebida
agarradas as minhas, que inquietantes
tocavam as suas.

E tu me pedias
uma roupa emprestada
pois querias ficar.

Baladas de inverno
embaladas ao vento.

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