Eu hoje nem dormi
e enquanto a madrugada ventava escurecida
alguns amigos apareceram
feito luzes que se acendem ao anoitecer
trazendo brilhos nos olhos e gritos na garganta
com copos cheios de alegrias instantâneas
que transbordavam na sala de estar.
Sentados no sofá estávamos
e o que não queríamos
era deixar a noite passar
em branco.
Em contraponto ao escuro do céu
as nossas alegrias dançantes
ao som de acordes que tamborilavam
nos ouvidos as vozes cantantes
que não queriam dormir.
E mesmo assim,
sua mão estava ali, inchada de tanta bebida
agarradas as minhas, que inquietantes
tocavam as suas.
E tu me pedias
uma roupa emprestada
pois querias ficar.
Baladas de inverno
embaladas ao vento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário