O tempo está fechado:
no meu ouvido
o vento friamente uiva
suas melancolias
e tristezas
feito um lamento
de quem padece.
E nessas intempéries
sem responder a nenhuma pergunta
o pó se desvaneceu.
Andei passeando por jardins
e vi suas estátuas de lama
em meio ao manguezal.
Vi o sol morrer
e a noite entalhar
as suas formas
na escuridão.
Nessa valsa triste
senti a febre arder
como crianças brincando
com o fogo
como crianças brincando
com facas
como facas acariciando
a pele.
Lúgubres sinfonias de inverno
que você regia para mim.
Enfim, devaneios de inverno.
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