Das coisas que se perderam nas esquinas dos dias
a tua lembrança é o que mais dói.
Das camas em que dormíamos
dos bares que frequentávamos
e das tantas vezes que sorríamos:
a boca escancarada era a alegria que transbordava
pelo teu rosto retorcido.
Das vezes que pela madrugada te procurei
e daquelas que não te encontrava
mais eu me perdia, mais eu me calava:
Eu sabia da solidão.
Teus passos a minha conduta,
os nossos encontros a minha redenção.
Tu éras a comida
o pão que alimentava e saciava
a fome que muitas vezes eu nem sentia:
Tu eras a anestesia.
E eu me agarrava aos teus braços
e tu pedias a minha companhia
pois não querias ficar sozinha:
Tu sabias da solidão.
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