quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Doze

Não desejais alegrias que não forem sinceras!

Não haverá homem que depois da calmaria não se deparará com tempestades
Nem tardes azuis antes da incerteza de noites escuras.

De transfigurações é feita a natureza dos sentidos
Tão vulneráveis quanto os próprios corpos
De homens frágeis.

O amor é a roda-gigante dos fatos.

Não cantarei o amor que não tive
Ou aquele que não soube cuidar.
Mais vale o presente esquecido que o passado guardado
Como imagens distorcidas
Pelo efeito de ausência e saudade.

As suas mãos eram tão levianas quanto à superficialidade daquele amor.

Agora,
Ver-lhe na companhia de outro já não machuca como costumava acontecer.

De fato,
Estamos sempre seguindo em frente por maior que seja a vontade de ficar
Assim como às vezes as horas também parecem não querer passar.

Ave, involuntariedade do tempo
Que conduz sem consultar nossas intenções!

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