Por tudo aquilo que esteve perto
E de repente tornou-se distante.
Por todas as coisas que eu quis
E agora são parcelas de passado.
Como uma venda a prestações
Fui quitando os meus sonhos
Um a um
Até poucos restarem.
Resquícios de tempo
Em que a eternidade parecia alcançável.
Agora sentado à beira do caminho
Vejo como a vida tem passado
E me deixado à margem de qualquer solução.
Poucos amigos, algumas felicidades
Dispersos em dias comuns
Em que pareço ser só mais um
Entre tantas formas iguais.
Nem se quer um amor
Pra preencher o vazio
Que se abre diante de mim
Quando o tempo se recusa a passar.
Sem companhia, sem outras mãos
E tudo aquilo que faz bem ao coração
E ajuda a viver.
Talvez escrever uma balada
Ao lado de Deus e uma garrafa de vinho
Sobre uma época remota
Em que delírios eram tudo o que eu tinha.
Mas só por hoje não quero lembrar
Que mais uma vez pensei em desistir.
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