Desenhar a noite como um romance policial
Névoas pairando sobre a cidade que adormece despercebida
Enquanto cães vagam solitários celebrando a loucura
Como poetas trancafiados em seus quartos
Escrevendo à eternidade de suas desilusões
Assim como a insistência do beijo
E toda a lambança daquele sentimento
Que como chama em brasa aos poucos foi se apagando
Certos amores são como células cancerígenas
Que silenciosamente se alastram pelo corpo
E tornam estéril o que era orgânico.
Agora à distância
Seus olhos são faróis que já não guiam
Nem iluminam o caminho
Que eu sempre soube enxergar.
A convivência é uma doença contagiosa.
e a intimidade é uma merda, huahuahaua
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